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Começo difícil não é novidade na carreira de Hemerson Maria

No entanto, técnico tem o pior desempenho da carreira nos três primeiros jogos com o Tigre
Por Heitor Araujo Criciúma, SC, 15/03/2021 - 19:12
Hemerson Maria não saiu satisfeito de atuação contra a Chape (Foto: Celso da Luz / Criciúma EC)
Hemerson Maria não saiu satisfeito de atuação contra a Chape (Foto: Celso da Luz / Criciúma EC)

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O começo do Criciúma na temporada está abaixo do esperado. Essa é a avaliação da comissão técnica e do sentimento do torcedor. Para comandar a reviravolta do clube em 2021, a aposta é no técnico Hemerson Maria, campeão catarinense de 2012 pelo Avaí e da Série B de 2014 pelo Joinville. Após a primeira derrota contra o Juventus, a primeira do Tigre na temporada, o técnico arrefeceu as lamentações: "já tenho nos histórico começar campeonato perdendo e terminar campeão".

Os últimos três trabalhos do treinador foram de começo oscilante: no Brasil e no Botafogo pegou um grupo já montado, enquanto na Chapecoense iniciou o trabalho que viria a ser campeão da Série B no fim da temporada com Umberto Louzer de treinador. 

Nas principais campanhas de Hemerson Maria no Campeonato Catarinense (além da conquista com o Avaí, foram três vices consecutivos com o Joinville, entre 2014 e 2016), o técnico teve bons e maus resultados. No Leão da Ilha, pegou o time de Mauro Ovelha, em 2012, na sexta rodada do returno e já estreou com uma goleada, de 6 x 1 sobre o Marcílio Dias; na sequência, teve um empate e mais duas vitórias  (um clássico contra o Figueirense e nova goleada, desta vez sobre o Metropolitano).

Foi o primeiro trabalho de Hemerson Maria como técnico principal. Em entrevista exclusiva ao Portal 4oito no começo de fevereiro, Maria relembrou a experiência. 

"Eu fui jogado para o precipício. Estava em casa em uma segunda feira e o executivo do Avaí me ligou para uma reunião na Ressacada. Eu acompanhava muito o Avaí e o futebol. Montei a equipe que eu queria e a gente foi campeão estadual naquele ano. Para ter uma ideia, depois eu falei (depois do título) 'se quiser, eu volto para base, não tem problema nenhum'. Eu era muito feliz na base e me sentia realizado, aí me disseram 'Hemerson, não tem mais jeito, agora tu estás na estrada", recordou o técnico.

Nesta estrada, Hemerson Maria voltou ao Avaí em 2013, após ser demitido por uma sequência negativa na Série B de 2012 e ter uma passagem tímida pelo Crac, de Goiás. O recomeço no Leão da Ilha foi mais difícil: dois empates e duas derrotas nos quatro primeiros jogos. Depois, veio uma sequência de quatro vitórias e dois empates; ao fim da Série B, o Avaí ficou em 10º lugar.

A maior glória de Hemerson Maria como técnico foi no Joinville: a conquista da Série B em 2014. Naquele ano, o começo de trabalho no Catarinense também foi oscilante: dois empates e uma derrota nos três primeiros jogos, desempenho que viria a repetir na Chapecoense. No entanto, ao contrário do que aconteceu em Chapecó, o técnico deu a volta por cima: nos sete jogos seguintes, foram quatro vitórias, dois empates e uma derrota.

Em 2015, o desempenho no Jec foi melhor nas três primeiras rodadas, quando o técnico fez a pré-temporada entre a Série B e o CatarinenseComeç: dois empates e uma vitória, enquanto em 2016, ao pegar o clube no meio do caminho, conseguiu três empates consecutivos e depois uma derrota, antes de engatar uma sequência de cinco vitórias em um empate. Nas duas temporadas, foi até a final do Campeonato, perdendo uma para o Figueirense e a outra para a Chapecoense, ambas em duelos apertados.

Começo no Tigre é o pior da carreira

O período ainda é curto para uma avaliação concreta. Nos números, porém, este é o pior começo de Hemerson Maria como técnico: um empate em 1 x 1 contra o Hercílio Luz e duas derrotas, por 2 x 0 contra o Juventus e 1 x 0, em casa, contra a Chape. 

Este retrospecto contrasta com o início no Figueirense em 2019, quando arrancou com três vitórias consecutivas e foi perder apenas na décima partida no comando do clube, para a Luverdense pela Copa do Brasil.

No Brasil de Pelotas, onde pegou um elenco montado e em crise no Campeonato Gaúcho, teve uma vitória e duas derrotas nos primeiros três jogos. No clube gaúcho, após novo começo vacilante na Série B, competição em que Hemerson Maria comandou uma reformulação no grupo de jogadores, a primeira vitória veio apenas na sétima rodada, contra o Cruzeiro em Pelotas. Daí, comandou uma reação na tabela de classificação, com seis jogos sem perder. Deixou o clube na 15ª colocação, na 18ª rodada.

É a esse tipo de oscilação que o técnico se referiu após a derrota contra o Juventus. "O começo é sempre o mais difícil. Se começa muito fácil, lá na frente você acaba tropeçando. É importante aprender com seus erros e ter bastante tranquilidade", minimizou Maria.

Confiança

Apesar de admitir o desempenho abaixo do esperado, Hemerson Maria projeta uma evolução do grupo de jogadores e mantém o otimismo em ter bons resultados ao fim da temporada. "A gente vai dar a volta por cima e conseguir os resultados que todo mundo quer. A campanha está aquém do que esperávamos, mas vamos melhorar. Estamos trabalhando bastante forte e o grupo vai dar o retorno, a diretoria está dando o respaldo", projetou o técnico.

O Tigre enfrenta o Marília pela Copa do Brasil na quarta-feira, em Varginha, sul de Minas Gerais, e volta a jogar no domingo pelo Catarinense, contra o Figueirense, no estádio Orlando Scarpelli. 

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