O Brasil registrou um aumento de casos de intoxicação por metanol associados ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas, especialmente destilados, configurando um Evento de Saúde Pública (ESP). Em resposta, o Estado de Santa Catarina mobilizou a rede assistencial e de vigilância para detecção precoce, manejo clínico imediato e notificação obrigatória de possíveis casos.
Segundo o secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi Silva, em entrevista à Rádio Som Maior, nesta sexta-feira (03), até o momento não há casos confirmados ou em investigação em Santa Catarina com as características das ocorrências recentes em São Paulo e Pernambuco. O Estado, no entanto, está em alerta.“Assim que começaram os primeiros casos em São Paulo, procuramos entender o cenário junto às autoridades sanitárias e ao Ministério da Saúde. O governador Jorginho Mello determinou a organização imediata das ações de resposta”, afirmou o secretário, em entrevista à Rádio Som Maior.
A partir dessa orientação, a Secretaria de Saúde articulou ações com outros órgãos do governo estadual, incluindo PROCON (Proteção e Defesa do Consumidor), Secretaria da Fazenda e Polícia Civil. O objetivo é atuar tanto na área da saúde quanto na fiscalização de estabelecimentos e circulação de bebidas. Além disso, Santa Catarina conta com estoques do principal antídoto utilizado em casos de intoxicação por metanol, o etanol farmacêutico. “Temos 37 tratamentos disponíveis, cada um com 33 ampolas. Estamos preparados para atendimento emergencial em caso de contaminação exógena por metanol. Já entramos em contato com o fornecedor para garantir o consumo total da ata, caso haja necessidade”, explicou o secretário.
A nível nacional, o Ministério da Saúde já confirmou 11 casos de intoxicação por metanol, com 8 óbitos sendo 1 confirmado e os demais em investigação. Os registros estão concentrados em São Paulo e Pernambuco.
Segundo o secretário, os três casos de intoxicação por metanol registrados em Santa Catarina nos últimos dez anos são distintos dos atuais e estão relacionados a episódios extremos de alcoolismo, nos quais indivíduos ingeriram combustíveis, e não bebidas adulteradas. “É importante não gerar pânico. Temos estrutura preparada, rede com serviços de referência, o Ciatox e protocolos definidos. Até agora, nenhuma ocorrência em Santa Catarina está relacionada a essa nova onda de intoxicações”, reforçou Demarchi.
O Estado segue monitorando a situação em nível nacional, em especial durante o mês de outubro, período de festas com maior circulação de bebidas alcoólicas.
Ouça na íntegra a entrevista com o secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi Silva:
[Áudio] SC entra em alerta contra bebidas adulteradas com metanol
Estado reforça rede de saúde e fiscalização; até o momento, não há casos confirmados em SC

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