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[Áudio] Emenda aprovada em Brasília garante a manutenção da produção do carvão mineral até 2040

Medida traz segurança para mais de 36 mil famílias no Sul do país

Por Davi Brabos 05/11/2025 - 12:46 Atualizado há meio minuto
Foto: Arquivo/4oito
Foto: Arquivo/4oito

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Uma emenda aprovada no Congresso Nacional garante a continuidade da cadeia produtiva do carvão mineral nacional, trazendo alívio e estabilidade para o setor energético do Sul de Santa Catarina e de outros estados. A emenda nº 37, anexada à Medida Provisória 1304/2025, assegura a contratação de todas as usinas termelétricas a carvão até o ano de 2040.

Segundo o presidente da Associação Brasileira do Carbono Sustentável, Fernando Zancan, a conquista é resultado de um trabalho iniciado em 2021. “A gente conseguiu passar a lei específica para Santa Catarina, e ficou para trás o Rio Grande do Sul e o Paraná. E agora, fazem dois anos que nós estamos nessa luta de viabilizar a contratação de todas as térmicas”, explicou, em entrevista ao programa Adelor Lessa, da Rádio Som Maior.

A proposta, de autoria do senador Esperidião Amin (PP-SC), foi aprovada após ampla discussão na Câmara e no Senado. “Ela prevê a contratação de todas as usinas térmicas, ou seja, 1.090 megawatts térmicos até 2040. E isso mantém essa cadeia produtiva toda”, destacou Zancan. Ele lembrou ainda que o setor envolve uma extensa rede de empregos diretos e indiretos. “São 36 mil famílias, são números do Dieese, e é uma cadeia produtiva longa, tem mina, usina, transporte, cimento, tem tudo isso que envolve o carvão”, informou.

Zancan reforçou a importância de uma “visão pragmática” sobre o tema, especialmente durante a transição energética global. “Estamos no meio de uma COP que fala de combustível fóssil, mas é importante lembrar que transição energética justa fala de olhar para as pessoas”, afirmou. O engenheiro destacou que o tempo até 2040 será utilizado para incorporar tecnologias de neutralização de carbono já em desenvolvimento em países como a China, o que permitirá criar mais emprego e mais renda no Brasil.

“Falar de carvão é sempre difícil, porque sempre tem uma narrativa contra, mas acho que a gente está aí no final desse processo, virando essa chave e podendo olhar pra frente, que é o que a gente quer”, concluiu Zancan, que segue em Brasília acompanhando o desfecho da tramitação da medida e espera que o presidente da República não vete a proposta até o prazo final, no dia 24 deste mês.

Ouça a entrevista na íntegra:

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