Faltando praticamente 1 ano para as eleições municipais, a executiva do PP passa por momentos complicados em Criciúma. Uma reunião entre o ex-deputado federal Jorge Boeira, o vereador Edson Paiol e o ex-presidente Abrahão de Souza descartou uma nova eleição. O eleito foi Paulo Conti, mas uma ala do partido contesta o resultado.

“A direção do partido é comandada pelo ex-vereador Itamar da Silva. Eu já sou vice-presidente hoje, então vamos falar com o presidente Itamar, para quem sabe fazer uma nova eleição e nominata”, destacou Miri Dagostim, que é também presidente da Câmara de Vereadores de Criciúma. A suspeita é de que algumas pessoas que votaram não estariam adequadas para isso.

Miri promete buscar da forma mais brilhante e transparente a solução. “Tem várias situações que podemos contestar. Na semana passada eu procurei o ex-presidente Abraão e o vereador Paiol. Nós temos que dirigir o partido para montar a nominata”, comentou.

O lado que venceu

Miguel Pierini concorreu contra Paulo Conti, sendo derrotado por 18 a 17 votos. Como foi o segundo mais votado, Pierini foi convidado a ser vice-presidente, mas renunciou. A outra ala do partido pensa que aconteceram manobras na eleição da executiva, para que Conti ganhasse. Segundo o vereador Edson Paiol, a eleição aconteceu conforme o estatuto do PP.

“Houve uma eleição do partido, tudo certinho, como pede o estatuto. Até então tinha duas chapas inscritas, uma era do presidente Paulo Conti. Minutos antes da eleição nos reunimos a pedido do ex-deputado Valmir Comin, no gabinete do vereador Miri. Era para entrar em consenso e não haver disputa dentro do partido, o Valmir Comin levantou a possibilidade de adiar a eleição”, lembrou.

Durante a reunião que aconteceu antes da eleição, Pierini não concordou com a ideia. “Ele não aceitou e deu um soco na mesa. Então decidimos ir para a disputa e o presidente Paulo Conti venceu por 1 voto. Para nós era fato consumado, foi tudo dentro do estatuto”, comentou.

Ainda de acordo com Paiol, Miri Dagostim quer ser o presidente do Progressista em Criciúma. “Na vida a gente tem que ter humildade. Eu nunca disse que queria ser presidente, mas preciso estar na diretoria porque sou o líder da bancada”, concluiu o vereador.