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Criciúma fixa teto de R$ 2,4 milhões mensais para o futebol em 2026

Clube trava gastos e redefine estratégia para montar o elenco

Por Enio Biz 11/12/2025 - 08:22 Atualizado há 1 hora

O Criciúma vive um processo de reorganização financeira para 2026. Na última reunião do ano do Conselho Deliberativo, realizada na noite desta quarta-feira (10), o diretor financeiro do clube, Deloir Brunelli, apresentou o orçamento da próxima temporada e detalhou os ajustes que serão implementados.

O principal ponto do encontro foi a definição do orçamento do departamento de futebol, que terá R$ 2,4 milhões mensais para todas as despesas relacionadas ao elenco profissional.

“Hoje, o departamento de futebol tem R$ 2 milhões e 400 mil por mês para gastar. A situação financeira do clube não permite mais gastar acima do que arrecada. Temos déficits a cobrir e vamos equalizar tudo dentro dos 12 meses de 2026”, afirmou o diretor.

Brunelli reforçou que a diretoria executiva terá poder de aprovação final sobre qualquer contratação ou despesa adicional.

“Tudo passa pela diretoria. O Canella não vai assinar nada sem a anuência dos dois vice-presidentes financeiros”, destacou.

O diretor explicou que os responsáveis diretos pelo departamento de futebol, Éder Citadin e Emerson Almeida, estão plenamente cientes do novo cenário e já trabalham na readequação da folha salarial.

“Passamos o orçamento para eles e, agora, eles, junto com o Eduardo Baptista, vão fazer o futebol funcionar em 2026 dentro desse valor. Existe jogador no mercado que cabe no bolso do Criciúma, e os dois sabem disso”, disse.

Questionado sobre a política de pagamento de luvas, Brunelli esclareceu que a prática não será proibida, mas deverá seguir critérios de responsabilidade financeira.

“Se eles montarem uma folha bem abaixo dos R$ 2,4 milhões e houver necessidade de pagar uma luva, terão liberdade para isso. Mas tudo dentro do orçamento. O clube não pode mais gastar do que arrecada”, pontuou.

Ele também comentou sobre o fluxo de caixa do clube no fim do ano. Como a maior parte das receitas de sócios entra apenas no dia 10, e a folha é paga tradicionalmente até o quinto dia útil, ocorre um descasamento financeiro. Além disso, novos contratos de patrocínio previstos para 2026 devem gerar receita somente a partir do fim de janeiro.

“Estamos renovando os contratos agora. Esses novos aportes provavelmente serão pagos somente depois do dia 20 de janeiro. Então precisamos reorganizar o fluxo”, explicou.

A projeção apresentada à diretoria prevê a liberação de até R$ 600 mil na folha mensal, resultado de negociações e saídas de jogadores que não estão nos planos do técnico Eduardo Baptista. Brunelli confirmou, por exemplo, que Jean Carlos será repassado à Chapecoense.

“Isso é com o departamento de futebol. Eles estão cuidando dessas movimentações. O Eduardo não utilizou alguns jogadores este ano e não pretende utilizá-los. Tudo está sendo conduzido por eles”, afirmou.

Por fim, Brunelli avaliou que o encontro foi positivo e que os conselheiros compreenderam a necessidade de ajuste.

“O orçamento foi explicado com clareza. Cada departamento terá que se readequar. Não há mais espaço para gastar acima do que entra. O Criciúma está se reposicionando”, concluiu o diretor financeiro.

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