O cantor britânico Ozzy Osbourne, um dos nomes mais emblemáticos da história do rock, morreu nesta segunda-feira (22), aos 76 anos. A causa da morte foi uma complicação relacionada ao Mal de Parkinson, doença neurodegenerativa com a qual ele convivia há anos. Ozzy estava internado em um hospital de Londres desde a última semana, após agravamento de seu quadro clínico. A família confirmou a morte por meio de um comunicado oficial, agradecendo o carinho dos fãs ao redor do mundo.
Complicações do Parkinson causaram agravamento no estado de saúde
Diagnosticado com Mal de Parkinson em 2003, Ozzy só tornou pública a doença em 2020. Desde então, passou por altos e baixos, enfrentando episódios de dor crônica, tremores, dificuldades motoras e limitações crescentes. Nos últimos meses, sua condição havia se agravado. Além da doença em si, o cantor também enfrentava um quadro de demência inicial, o que contribuiu para a rápida deterioração de seu estado de saúde.
Último show foi marcado por emoção e despedida
O último show de Ozzy Osbourne aconteceu em agosto de 2022, durante o encerramento dos Jogos da Commonwealth, em Birmingham — sua cidade natal. A apresentação surpresa, ao lado de ex-integrantes do Black Sabbath, emocionou o público e já tinha clima de despedida. Na ocasião, ele subiu ao palco com dificuldade, mas ainda com a potência vocal que o consagrou. O momento foi visto por fãs como uma despedida simbólica dos palcos.
Um histórico de batalhas contra a saúde
Nos últimos anos, Ozzy enfrentou uma série de problemas de saúde além do Parkinson. Em 2019, passou por uma cirurgia na coluna após uma queda em casa que agravou lesões anteriores. Também enfrentou uma infecção grave na mão, que o levou à internação. Em 2022, foi submetido a uma cirurgia considerada “delicada e determinante para o futuro da sua mobilidade”. Apesar de tudo, continuava ativo nas redes sociais e na produção musical.
De operário a Príncipe das Trevas
John Michael Osbourne, nascido em 1948 em Birmingham, Inglaterra, ganhou fama mundial nos anos 1970 como vocalista do Black Sabbath, banda pioneira do heavy metal. Com sucessos como “Paranoid”, “Iron Man” e “War Pigs”, a banda se tornou símbolo do gênero e influência para gerações de músicos.
Nos anos 1980, após deixar o Black Sabbath, Ozzy iniciou uma carreira solo de enorme sucesso, lançando álbuns icônicos como Blizzard of Ozz e Diary of a Madman. Sua imagem excêntrica e polêmica, marcada por episódios como o famoso momento em que mordeu a cabeça de um morcego no palco — ajudou a consolidar sua fama de "Príncipe das Trevas".
Nos anos 2000, Ozzy se tornou uma figura ainda mais conhecida do público ao estrelar com sua família o reality show The Osbournes, exibido pela MTV. O programa mostrava o cotidiano da família e revelou o lado irreverente, caótico e, por vezes, frágil do roqueiro.
Ozzy deixa a esposa, Sharon Osbourne, seus filhos, e uma legião de fãs que, ao redor do mundo, lamentam a perda de um dos maiores ícones da história da música.