Seu sonho é surfar, mas a correria do dia a dia ou o medo de cair na água logo nas primeiras tentativas ainda impede a experiência no mar? Pode preparar o pré-treino: já existe uma metodologia que desenvolve a técnica antes de enfrentar as ondas de verdade. Tudo começou quando um seguidor perguntou ao surf coach, Cassiano Aguiar, sobre aulas de surf.
Na época, o profissional publicava conteúdo sobre o MAP Técnica para Criciúma. “Em 2018, trouxemos para Criciúma o Método Arthur Philippi, que consiste em exercícios no solo para fixar os movimentos que devem ser realizados no mar. Basicamente, repetimos as angulações de braços, pernas, quadril e cabeça utilizadas no surfe, mas sobre o skate”, explicou.
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Os quatro pilares do treinamento
Os principais pilares do treino são biomecânica, vídeo-análises, preparo físico e práticas no surfskate. Além disso, Aguiar integra duas metodologias como referência: o MAP Técnica e o Aprimore Surf. “Minha metodologia reúne um pouco de cada curso que fiz, aliada à minha experiência de mais de 20 anos de surf e sete anos treinando surfistas de todos os níveis”, pontuou ao 4oito.
Segundo o coach, o aluno consegue sair do zero e ganhar consciência técnica sobre drop, aceleração, cavadas e manobras de borda em frontside e backside. Desenvolver essa noção corporal facilita a transição do surfskate para a prancha.
“Essas manobras no surfskate podem ser aprendidas em poucos meses. A partir do momento em que o surfista compreende a biomecânica e pratica no simulador, já passa a identificar erros e acertos com mais clareza, evoluindo anos de surf em pouco tempo”, afirma.
Assista o vídeo explicando como o método funciona:
Como funciona o treinamento fora d’água
O aluno recebe acesso à plataforma Surf Hacks, com o método gravado, aplica o conteúdo nos treinos no simulador e envia vídeos para análise. “Hoje, na mentoria, fazemos videochamadas individuais para avaliar os treinos e indicar as principais correções para as próximas sessões”, explica Aguiar.
Os erros mais comuns entre surfistas iniciantes envolvem o posicionamento na prancha, tanto na remada quanto na base, ao ficar em pé. “Outro ponto recorrente é o direcionamento do olhar e a distribuição de peso. Geralmente, a maior dificuldade inicial é aprender a aceleração de backside, que exige mais imaginação quando treinada no solo. As acelerações de frontside e backside demandam movimentos distintos, principalmente nos momentos de comprimir e estender o corpo, no posicionamento dos braços e no ponto de pressão sobre a prancha”, completa.

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