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[Áudio] PM de Santa Catarina passa a multar uso de drogas em espaços públicos

Medida não tem como foco os dependentes químicos, afirma comandante do 9° BPM

Por Davi Brabos 10/11/2025 - 10:48 Atualizado há meio minuto
Foto: Arquivo/4oito/Freepik
Foto: Arquivo/4oito/Freepik

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A Polícia Militar de Santa Catarina começou a aplicar multas para os habitantes que consomem drogas em espaços públicos do estado. A medida foi aprovada e já está ativa desde o último mês, conforme informado pelo tenente-coronel Mário Luiz da Silva, comandante do 9° Batalhão de Polícia Militar (BPM de Criciúma e Região), em entrevista ao Programa Adelor Lessa, nesta segunda-feira (10).

Segundo o comandante, a medida não visa o dependente químico, mas sim os "folgados", que usam os entorpecentes em espaços públicos. "Nós temos que tratar esse usuário de droga com dois grupos. Um grupo é aquele que é um doente, um dependente químico em alto nível de drogadição. Esse cara não é a sanção que vai resolver o problema dele. Esse sujeito precisa de um tratamento médico, tratamento de saúde. O nosso foco com essa aplicação de sanção, de multa, é para aquele 'folgado', aquele sujeito que está lá na frente da igreja, está na praça, fumando maconha, fumando um baseado, causando extremo desconforto, extremo incômodo às pessoas de bem", explica, em entrevista à Rádio Som Maior.

Para ele, a punição ao usuário é importante para diminuir o poder do tráfico de drogas. "Só existe traficante porque existe o consumidor. É uma lógica de mercado, só se vende batatas porque alguém compra batatas. Com a droga é a mesma coisa. Então, aquele usuário de drogas, ele não pode ter a consciência de que é só um baseadinho para a recriação. Aquele que está fumando maconha, está cheirando cocaína, ele está financiando o traficante, está financiando o traficante", destaca.

Furto de fios

Ainda na entrevista, Adelor Lessa também indagou o entrevistado sobre a pauta do furto de fios, crime recorrente na região de Criciúma, que registra em média três furtos diariamente. "Isso é um grande problema, é algo que me tira o sono. Em matéria de segurança pública, são esses pequenos delitos", avalia Mário Luiz,

De acordo com o tenente-coronel, a solução para este crime seria uma legislação mais forte. "A gente tem que ter uma legislação mais punitiva para esse sujeito. Eu não reputo a responsabilidade ao Poder Judiciário, aos demais órgãos envolvidos na persecução penal, porque muitas das vezes o juiz também está amarrado com uma legislação frágil, uma legislação fraca", sugere. "Essa impunidade que gera reincidência. Ele tem a consciência de que a legislação penal é leniente e que ele pode realizar isso novamente, que no máximo ele vai ficar algumas horas detido mas depois ele já está na rua", avalia.

Ouça, na íntegra, a entrevista do tenente-coronel:

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