Com o alto frio que atinge o Sul de Santa Catarina neste começo de inverno, o município de Criciúma intensificou os tratamentos de moradores em situação de rua na cidade, que registrou, recentemente, sensações térmicas negativas, e o dia mais frio dos últimos 25 anos. "A gente intensifica as nossas ações quando o frio está muito extremo, está muito intenso", afirma a secretária de assistência social de Criciúma, Dudi Sônego, ao Programa Adelor Lessa desta terça-feira (1°).
Ela explica, na entrevista à Rádio Som Maior, que alguns moradores optam por não ir para a república, e preferem dormir nas ruas. "A gente não construiu um abrigo provisório até hoje no município, porque realmente não teria uma demanda tão grande. Porque eles, como estratégia de viver na rua, eles não vão para a república", explica Dudi. Para ela, cada história é diferente. "Nem todos querem ir pra república. Cada um tem uma história, um motivo, uma situação", completa.
Segundo a secretária, o município trabalha para auxiliar a todos que precisam, mesmo que alguns não vão para a república. "A gente se depara com situações de pessoas enroladas em plástico, não só com papelão. Então a gente fornece pelo menos um cobertor. Pra amenizar um pouco o gelo que faz nas madrugadas aqui em Criciúma, porque é muito frio", comenta.
Dudi ainda relata os casos e ações dos atendidos, que definem locais estratégicos para dormir, buscando uma maior segurança. "Eles preferem ir a locais onde tem uma luminosidade, onde tem câmera de segurança, até pra se proteger também. Muitos fazem uma mini cabana com papelão, enfim, eles têm as estratégias deles de sobrevivência", aponta.
Atendimentos e socorrimentos
Em Criciúma, até o momento, nenhum morador em situação de rua foi atendido ou socorrido apresentando quadro de hipotermia. "Eu escuto alguns relatos no Rio Grande do Sul, já escutei esse ano, inclusive de morte, mas graças a Deus aqui em Criciúma não", destaca Dudi.
Ouça, na íntegra, a entrevista da secretária: