Em resposta à imposição de tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros por parte do governo norte-americano, os governos federal e estadual de Santa Catarina anunciaram nesta quarta-feira (13) planos emergenciais para proteger as empresas exportadoras nacionais. O chamado Plano Brasil Soberano, apresentado pelo Ministério da Fazenda, prevê uma linha de crédito de R$ 30 bilhões com recursos do Fundo de Garantia à Exportação (FGE), prorrogação de prazos no regime de drawback e possibilidade de diferimento de tributos
Diante das recentes medidas anunciadas pelos governos federal e estadual para reduzir os impactos do “tarifão” sobre as exportações catarinenses, o professor da Unesc do curso de Comércio Exterior, Dr. Julio César Zilli, analisou os efeitos esperados dessas iniciativas. Para ele, o alinhamento entre Estados e Governo é importante e pode auxiliar nesse processo.
Além disso, o coordenador afirma que o plano anunciado pelo Governo Federal, que ainda precisa ser implementado, é preciso analisar todas as medidas, principalmente para as empresas de médio e pequeno porte. “Eu analiso sempre no micro, pequeno empresário, como é que isso vai chegar na ponta, de que forma esse empresário vai ter acesso a todos esses benefícios, como que isso vai impactar no equilíbrio fiscal como um todo, como isso vai pressionar o dólar, os juros, acho que são questões que a gente vai ter resposta com a implementação desses planos”, relata.
Ainda segundo Zilli, existe uma necessidade de organização e articulação empresarial. “A palavra é organização, o micro e pequeno empresário deve se organizar nas suas associações empresariais, para dar suporte, auxiliar o acesso a esses benefícios e planejar o seu negócio. Estar atento a todas essas tratativas é essencial para aproveitar essas oportunidades e minimizar os impactos do tarifão”, diz.
Ouça a entrevista completa professor da Unesc do curso de Comércio Exterior, Dr. Julio César Zilli:
Ouça o trechos do anúncio das medidas federais, com o Executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan
e das medidas estaduais com o Secretário de Estado da FazendaCleverson Siewert: