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Jessé Lopes sobre Carlos Moisés: "ele está morto para a reeleição"

Deputado estadual e governador proporcionaram embates políticos em 2019, mesmo sendo do mesmo partido
Por Heitor Araujo Criciúma - SC, 27/12/2019 - 10:01 Atualizado em 27/12/2019 - 18:11
Deputado
Deputado "colocou à venda" a residência oficial do governador (Foto: Arquivo / Divulgação)

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Um dos embates políticos de Santa Catarina neste ano foi entre dois políticos do mesmo partido. Carlos Moisés e Jessé Lopes, ambos do PSL, estiveram em lados opostos em questões pontuais, inclusive com o deputado fazendo críticas públicas ao governador, que teria rebatido com o pedido de expulsão do parlamentar da legenda. Distanciamento que ficará ainda mais evidente em 2020, já que Jessé Lopes anunciou que seguirá Jair Bolsonaro no Aliança Pelo Brasil, partido que depende ainda dos trâmites burocráticos para ser oficialmente fundado.

Jessé Lopes fez sua avaliação sobre o governo de Santa Catarina neste ano, em entrevista ao Programa Adelor Lessa, da Rádio Som Maior, desta sexta-feira. Jessé elogiou a parte técnica do governo Moisés, mas criticou o rompimento com as ideologias bolsonaristas.

"A parte técnica do governador é boa, tanto que sou o segundo deputado que mais votou pelos seus projetos. As minhas críticas em relação a ele são os seus privilégios. Também a parte ideológica que ele vem deixando de lado. Ele está muito republicano, deixando de lado um pouco as questões que elegeram o Bolsonaro", afirmou Jessé.

As críticas de Jessé ao longo do ano foram, principalmente, em relação aos gastos do governo. O deputado protagonizou momentos curiosos, como a tentativa de venda da Agronômica, residência oficial do governador de Santa Catarina. Como resposta, quase foi expulso do PSL, pedido que teria partido do próprio Carlos Moisés; a direção estadual do PSL negou interferência do governador na questão.

"A questão do privilégio também, deveria ter cortado um pouco. É o mínimo a ser feito como um governador que foi eleito sem dinheiro (de campanha). Inclusive na própria campanha ele falou que faria da Agronômica um museu", atacou Jessé. Segundo o deputado, o gasto mensal da Agronômica é de R$ 2,4 milhões mensais, o que seria incabível, na avaliação de Jessé. O governo do Estado, por outro lado, divulgou em maio que o gasto com manutenção era de R$ 1,1 milhão.

Ainda sobre a questão de gastos, Jessé criticou o salário do governador, que foi divulgado no valor de R$ 83 mil em dezembro. O governo respondeu que tratava-se dos vencimentos do mês e do 13º, referentes ao cargo de governador e de inativo como coronel do Corpo de Bombeiros. "Não é ilegal, mas será que não é imoral receber tudo isso dos cofres publicos?", questionou. O deputado afirmou ainda que Moisés nunca o recebeu em seu gabinete para conversar, pois "ele não gostava muito da minha independência". 

Esses fatores, na avaliação de Jessé Lopes, causarão a ruína política de Carlos Moisés. “Eu acho que ele está morto para reeleição, porque ele vai ser mais do mesmo, não é um cara diferente. Tenho certeza que a grande maioria dessas pessoas não o verão com os olhos que viram na eleição passada. Acho que ele não vai ser mais desse algo novo, até porque virão outras opções que vão dividir bastante os votos", concluiu Jessé. 

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