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O debate, o start na campanha e um "norte" para os candidatos

Sobre o saldo do primeiro debate da eleição em Criciúma
Por Adelor Lessa 18/09/2020 - 19:32 Atualizado em 19/09/2020 - 07:42

Faz poucos dias, jogo do São Paulo pelo Brasileiro, falta na frente da área, o goleiro mandou abrir, colocou a barreira para o lado. Provocou, chamou.
O jogador adversário poderia ter evitado consagrar o goleiro, e tocar bola de lado, ou cruzar na área.
Mas,  ele aceitou o desafio e bateu. O goleiro engoliu um frango.

No debate de hoje, o prefeito Clesio Salvaro também chamou, provocou, "pediu" perguntas dos adversários no bloco em que o candidato poderia responder mais de uma pergunta.

Mas, ninguém foi. Tocaram bola de lado.

Ninguém foi para não dar palanque para  Salvaro.
Mas, isso é entender que ele daria a volta em tudo.
Talvez, tenham perdido a chance. Quem vai saber se não teriam a mesma "sorte" do atacante adversário do São Paulo.

O único enfrentamento com Clesio foi feito por Chico Balthazar.
Chico foi provocado e “peitou" o prefeito. Foi o único momento em que a “chapa esquentou” no debate de ontem na Som Maior entre os candidatos a prefeito. O primeiro da campanha de 2020.

No mais, os candidatos estavam como jogadores em inicio de temporada. Meio sem ritmo.

Deixaram evidente, no entanto, que há conteúdo.

Todos esperavam que Júlia Zanatta fosse para cima de Clesio com tudo.
Mas, ficou a impressão que a Julia se preparou para deixar imagem de mulher centrada, calma, coordenada, mesmo com posições firmes, de direita.
Ela defendeu e citou governos de Altair Guidi, defendeu e citou ações do governo Bolsonaro, e alfinetou Clesio, mesmo que não tenha ido direto para o confronto com ele.

Confesso que o Coronel Cosme me surpreendeu, positivamente. Com informações sobre todos os assuntos, e subsídios, idéias. Da mobilidade, à cultura.

Minotto também deixou impressão que tem plano, que estudou sobre tudo, e se preparou para a campanha.

Chico estava à vontade. Defendendo praticas dos governos do PT, fazendo valer o seu perfil esquerda e o espirito combativo de toda uma vida de militância.

Anibal se acostumando ainda, se adaptando ao novo desafio. Mas, ao seu estilo, se saiu bem, passou confiança, deixou a imagem de quem não está ali apenas para fazer carreira, mas de quem pretende contribuir e tem o que dizer, e fazer.

Éderson cumpriu o papel de candidato de esquerda. Estava muito à vontade, seguro. A ponto de fazer fazer ironia com o “ego inflado" do prefeito.

Clesio é o veterano do processo. Joga com facilidade. Tem informações e argumentos. Fez a defesa do seu governo. Não deixou provocação e “pedrada” sem resposta.
Deixou no ar duvidas sobre o alto número de 500 mil visitantes/ano na mina modelo que apresentou. Precisa dar detalhes disso.

Em suma, nada aconteceu no debate que seja suficiente para fazer mudar ou virar de pernas pro ar o quadro da eleição que já estava colocado.
 
Mas, o debate foi o start efetivo da campanha propriamente dita.
Os candidatos fizeram a bola rolar.
Se apresentaram.
A Som Maior cumpriu seu papel.

Agora, as perguntas “externas" feitas aos candidatos pelos convidados da Som Maior, mostraram o que está na cabeça das pessoas, no mundo real, além dos muros do ambiente politico.

Desde os mais de 47% da população, conforme pesquisa do Instituto IPC, que tem preocupação, e queixas, com questões ligadas à saúde publica, e pedem que isso seja tratado como prioridade.

Aos gargalos nos procedimentos intermediários na saúde, apontados pelo presidente da Unimed, Leandro Avany Nunes.

À preocupação com o processo de desindustrialização que Criciúma vem sofrendo, levantado pelo empresário Alexandro Delupo.

À necessidade de “algo a fazer” para geração de emprego e renda e atração de novas empresas para a cidade, levantada pelo empresário Guto Fretta e o presidente da Acic, Moacir Dagostim.

Às soluções para a mobilidade urbana, questionadas e reivindicadas pelo empresário Ricardo Brandão.

Ao congelamento do processo de crescimento e o que fazer para Criciúma voltar a se fazer protagonista, levantados pelo empresário Édio Castanhel.

À valorização da Unesc, a “nossa universidade”, única universidade comunitária da cidade e da região, levantada pela reitora Luciane Ceretta.

Por aí ficou evidente um norte a ser seguido.
Uma pauta a ser cumprida.
São preocupações que estão na cidade.
A campanha que agora teve o start pelo debate realizado na Som Maior deve ser usada para que os candidatos apresentem propostas projetos e soluções que  possam responder perguntas sobre tudo isso.

Porque eles devem dizer e oferecer o que as pessoas querem saber, e oferecer soluções para os problemas que todos querem resolvidos.

 

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