Uma "Vila das Etnias" pode dar um futuro turístico para as oito casas do Exército próximas à Praça do Congresso, em Criciúma, em breve. Nesta segunda-feira (22), como informou Adelor Lessa, uma comitiva liderada pelo prefeito Clésio Salvaro esteve no Comando Militar do Sul, em Porto Alegre, para pedir a transferência das residências, atualmente propriedade das Forças Armadas, ao general de brigada José Luiz Araújo dos Santos.
Segundo o presidente da Fundação Cultural de Criciúma (FCC), Marcos Mendonça, a ideia é que cada casa represente uma etnia e ofereça ao público a gastronomia e a cultura típicas de cada uma delas. O projeto seria viabilizado pela iniciativa privada, que ficaria responsável pela reforma e manutenção das casas.
Ouça a entrevista completa com Marcos Mendonça no programa Adelor Lessa desta terça-feira (23):
“Não será entregue para a associação das etnias, será feita uma licitação para que se apresentem operadores da iniciativa privada para fazer funcionar ali uma casa étnica. A manutenção, reforma e outros detalhes nós vamos prosseguir nesse processo. Vai ser feita a restauração e não a mudança da fachada da casa. Por dentro, vamos transformar em restaurante e, futuramente fazer uma vez por ano, a Festa das Etnias”, contou o presidente da FCC.
Próximos passos
Sem prazo para entrega, o grupo pediu urgência nos próximos passos. “O exército tem um processo sobre os bens, que estão sob o comando das Forças Armadas. Então vai ser passado para a SPU (Secretaria do Patrimônio da União), que é o órgão responsável pelos bens e virá uma equipe de avaliação do local”, frisou Mendonça.
Além disso, a situação atual das residências assustou o general pelo estado de deterioração. “Quando ele viu as casas, uma que está totalmente danificada, o telhado, e outra bem precária, ele ficou assustado, porque ele não sabia desse estado. Ele até nos disse que ficou com vergonha, porque o exército está sempre restaurando e mantendo”, acrescentou o presidente da FCC.