Interrompida ainda em 2022, a obra da ponte sobre o Rio Araranguá na localidade de Hercílio Luz, entre o Morro dos Conventos e o Balneário Ilhas, depende de um aporte financeiro significativo do Governo do Estado para que tenha continuidade.
O assunto foi levado na semana passada ao governador Jorginho Mello (PL) pelos deputados estaduais Volnei Weber (MDB) e Tiago Zilli (MDB) e pelo prefeito de Araranguá, César Cesa (MDB). Não há resposta por enquanto.
Segundo Weber, o governador foi sensível à demanda, mas precisa analisar melhor o assunto internamente com técnicos do Governo do Estado. O deputado concedeu entrevista ao programa Adelor Lessa, da Rádio Som Maior, com o jornalista Enio Biz.
Ouça a entrevista completa (o texto continua depois):
Há falhas graves no projeto que subestimaram os custos da obra. Entre elas, não havia previsão de sondagem do fundo do rio, etapa necessária para a segurança dos pilares da futura ponte. O projeto previa o transporte de vigas por guindaste, mas o rio é largo demais para isso. Há necessidade do uso de treliças.
“O custo disso é muito diferente, lançar por guindaste ou por treliça. Treliça, vamos falar assim, é três, quatro, cinco vezes mais caro”, explicou Volnei Weber. “Também não tinha autorização da Marinha, não tinha o projeto das cabeceiras, não estava contemplado, iluminação não está contemplada”, detalhou.
Entenda o histórico da obra
O projeto e o convênio são das gestões anteriores da Prefeitura de Araranguá e do Governo do Estado. A ordem de serviço para o início das obras foi assinada em 2020, com a presença do ex-prefeito Mariano Mazzuco (PP) e do ex-governador Carlos Moisés (Republicanos).
Pelo previsto inicialmente, o Governo do Estado repassaria R$ 15,6 milhões. Desse total, apenas R$ 2,7 milhões chegaram aos cofres municipais. O restante dependeria do avançar das obras, o que não ocorreu por causa das falhas no projeto contratado pelo município.
Com as alterações necessárias ao projeto, o valor previsto sobe tanto que seria preciso um novo convênio e um novo contrato.
“Se finalizou tudo o que podia com o projeto e o convênio anterior. Agora se paga tudo aquilo que está executado, e devolve-se o restante. Esse é o combinado com o Governo, com a Infraestrutura e com a Fazenda. Faz-se um projeto novo, adequando-o, revisando-o, mas requer mais recursos. Então está alinhado isso com a Infraestrutura e com a Fazenda, porém precisava autorização do chefe maior, que é o governador Jorginho Mello”, explicou o deputado estadual.