Em entrevista ao Programa Adelor Lessa da rádio Som Maior, o deputado estadual Marcos José Abreu (Marquito), deu razão à realização do movimento. “A situação da educação em Santa Catarina é deplorável, tanto na questão física das unidades escolares quanto das condições de trabalho e atuação dos profissionais, e a greve é o principal meio de reivindicação da classe trabalhadora”, ressaltou.

Nessa terça-feira o Governo de Santa Catarina comunicou que só irá negociar quando a greve for finalizada. “Quando se entra nesse movimento é difícil sair, porque é preciso estabelecer um bom canal de comunicação, e ontem (23) o governo fechou essa porta. Devia ter sido apresentada uma primeira proposta”, frisou o deputado.

O Governo do Estado argumenta que, se atendesse as reivindicações dos professores, as despesas com pessoal ultrapassariam o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal.

De acordo com Marquito, os professores que buscam se profissionalizar não têm estímulo financeiro. “Os educadores, às vezes com mais de 25 anos de carreira, que procuram um mestrado ou doutorado, não têm nenhum atributo a mais no seu salário. Esse é um dos pontos de reivindicação”, explicou.

Marquito acredita que o governo tem condições financeiras para realizar algumas das reivindicações. “Eu sou deputado estadual, acompanho o orçamento. A gente sabe que um é Estado que arrecada muito e tem condições de fazer esse tipo de investimento, não é um problema. Se a prioridade é saúde, educação e infraestrutura, que deveria ser o mínimo, certamente não é o que a gente está vendo”, ressaltou.

Confira a entrevista completa: