A secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, celebrou o que considera um avanço na realização das cirurgias eletivas em Santa Catarina. Segundo ela, foram realizadas aproximadamente 125 mil cirurgias com internação e 76 mil ambulatoriais. Para 2024, a gestora se diz "muito otimista" sobre a possibilidade de avançar mais.
Carmen enalteceu avanços como o aumento no número de hospitais aptos a realizar os procedimentos e o incremento nos repasses financeiros. A secretária concedeu entrevista ao Plenário, quadro do programa Adelor Lessa com a jornalista Maga Stopassoli.
Ouça o Plenário desta quinta-feira (o texto continua a seguir):
Veja o que disse Carmen Zanotto
Balanço das cirurgias em 2023
Nós conseguimos, junto com o conjunto dos municípios, nossos secretários e secretárias municipais, a rede hospitalar, prestadora de serviços do SUS, o apoio dos Poderes, porque a gente teve a participação de recursos da Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas, Ministério Público, Tribunal de Justiça, recursos do Tesouro do Estado com o forte apoio e determinação do governador Jorginho Mello, os recursos do Ministério da Saúde. Em especial nos procedimentos cirúrgicos internados, foram aproximadamente 125 mil cirurgias e ambulatoriais, que nós separamos as cirurgias da oftalmologia, em especial as cataratas, 76 mil procedimentos.
Situação atual da fila de espera
Nós pegamos 105.340 pacientes na fila cirúrgica, 117 mil para entrarem para essa fila. Isso são dados que nós fechamos lá em 31 de janeiro de 2023. Os pacientes continuaram entrando na fila. Nós separamos os pacientes oncológicos, porque o tempo é sensível e eles não podem participar dessa fila. Fomos trabalhando com o conjunto dos municípios. Nós temos aproximadamente mais de 100 mil pacientes para operar durante o ano de 2024. Lembrando que vão entrar outros pacientes, mas também foi criado o programa de valorização dos hospitais.
Como vai funcionar o programa de valorização dos hospitais
Em 2023, foram repassados R$ 470 milhões, neste ano serão R$ 650 milhões, então R$ 180 milhões a mais. Esse programa terá repasses regulares conforme o porte do hospital, se ele tem emergência, pagamento diferenciado, a gente dobrou o valor diário do leito de UTI, da psiquiatria, apoio a quem tem maternidade.. Isso será fixo, 12 parcelas no ano. Não haverá necessidade de convênio, porque isso implicava em dificuldades inclusive do hospital receber, porque, conforme a prestação de contas, tem todo o processo de avaliação que não pode ser paga a terceira parcela se as duas primeiras não estão regularizadas.
Tabela das cirurgias eletivas
Essa tabela vai nos ajudar a avançar muito mais do que foi no ano de 2023, por exemplo. Nós temos dificuldades ainda para os pacientes de cirurgia de coluna, de joelho, cirurgias urológicas. Pela tabela que estava vigente, os pacientes tinham dificuldade de acesso e os hospitais com dificuldade para realizar esse procedimento. Essa tabela foi reajustada a partir já deste mês, de duas a 12 vezes a tabela SUS, conforme os casos. Por exemplo, nós não teremos mais — e não poderemos ter — pacientes sofrendo com cálculo renal por não conseguirem retirar. Agora, com a complementação de Santa Catarina, estou muito otimista e tenho certeza que, junto com os hospitais, com os consórcios e com a rede toda de saúde que nós temos, a gente vai sair da lógica de anos esperando o procedimento para a gente ter aí uma média, o nosso objetivo é não mais que seis meses.
Fila para cirurgias de ortopedia
Grande parte das pessoas foram atendidas. As que não foram já estão dentro do programa da tabela de Santa Catarina. A ortopedia foi um dos serviços que a gente mais majorou a tabela para dar mais vazão. A tabela de Santa Catarina foi construída na lógica da dificuldade de acesso por OPME (sigla de Órteses, Próteses e Materiais Especiais), que são as próteses, e dificuldade de especialista. Nós tínhamos, por exemplo, só 18 hospitais que faziam a alta complexidade da ortopedia. Neste ano, já a partir de janeiro, nós teremos 31 hospitais aptos a fazer esse tipo de cirurgia. Então, o volume cirúrgico será muitíssimo maior.
Desafios futuros da Secretaria da Saúde
Os desafios são a continuidade e a consolidação do programa de valorização. Os hospitais já estão se organizando para mandar a documentação junto aos seus secretários municipais, as comissões intergestores regionais. Nós estamos numa alteração climática causada pelos temporais, chuvas. Com isso, a gente tem um aumento das doenças de arbovirose (causadas por vírus transmitidos por mosquitos e carrapatos), em especial a dengue. É muitíssimo importante falarmos todos os dias sobre isso, lembrar que precisamos cuidar do nosso domicílio, olhar o potinho de folhagem, se não tem água parada, olhar o nosso pátio, olhar o pátio do lado, se tem algum sinal, para que o poder público possa cuidar das suas estruturas, das praças, dos cemitérios. O país está em alerta, Santa Catarina não é diferente.
Encaminhamento da candidatura à Prefeitura de Lages
O que está encaminhado é a gente dar conta de organizar todos os processos e ali na frente a gente resolve isso.