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* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por Maga Stopassoli 30/07/2023 - 12:57 Atualizado em 31/07/2023 - 15:22

Bolsonarismo x direita: uma coisa é uma coisa. Outra coisa, é outra coisa.

O evento do PL Mulher que ocorreu neste sábado, 29, em Florianópolis reuniu homens e mulheres de diversas cidades do estado e permitiu fazer uma leitura sobre o atual momento do bolsonarismo em Santa Catarina. O encontro, que tinha como convidada especial a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, deixou a desejar quanto ao número de pessoas presentes. Mesmo com um público considerável, se esperava mais de um evento com a presença não só de Michelle, mas também de seu marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro, o “fenômeno”, como dito por ela no palco. 

Um churrasco para o ex 

O casal chegou ao estado na sexta-feira ao meio-dia e foi recebido por Jorginho Mello na Casa D’Agronômica, residência oficial do governador. Além do encontro com políticos e aliados, Jorginho ofereceu um churrasco ao ex. Tratado com a pompa e circunstância que a ocasião pedia, Jorginho fez o “gesto”. O nobre leitor que agora me dá a honra de ler essas linhas, já deve ter ouvido falar que “política é gesto”. Muito daquilo que não pode ser dito com palavras, é dito com gestos. Jorginho fez o que tinha de ser feito, ou seja, recebeu o ex-presidente e a esposa, circulou com ele em locais estratégicos de Florianópolis, levou a visita para a festa do Agricultor na pequena e simpática Ituporanga, no Alto Vale, fez fotos e vídeos. Jorginho fez o gesto, uma espécie de "Muito obrigada, Jair, mas agora vou focar no governo". Era a cena final que faltava nessa dança política, cheia de entrelinhas.

Júlia Zanatta e Ana Campagnolo

Embora a imagem de Michelle Bolsonaro fosse a grande cereja do bolo no encontro de ontem, não há como desviar os olhos da presença de outras mulheres do PL, eleitas ou reeleitas no ano passado. É o caso das deputadas Ana Capagnolo e Júlia Zanatta, estadual e federal, respectivamente. Juntas, fizeram mais de 300 mil votos em Santa Catarina  2022. A primeira, foi anunciada ontem como a nova presidente do PL Mulher no estado. Ana Campagnolo tem encontrado cada vez mais seu “lugar” na vida pública e transformado isso em capacidade de liderança. Ela não depende mais do “bolsonarismo”. Soube trazer pra si o efeito “Jair Bolsonaro”. Muito provavelmente nunca veremos Campagnolo distanciada de Jair, mas, cada vez mais, ela se torna uma referência de direita, e não mais do Bolsonarismo, movimento nascido a partir do que prega (va) Jair Bolsonaro. No discurso de ontem, Ana Campagnolo demonstrou uma habilidade que muitos políticos passam uma vida tentando fazer: ser breve e ser ouvida (e aplaudida).

Em seguida, foi a vez de Júlia Zanatta fazer uso da palavra. Enquanto ainda cumprimentava o público e citava o nome das cidades que estavam presentes, passou pelo constrangimento de ser interrompida por Michelle que pegou o microfone de Júlia e fez questão de ela própria anunciar o nome das cidades. Uma nítida falta de educação com uma deputada federal que fazia uso do seu direito de falar. Quando pode retomar a fala, Julia falou sobre sua trajetória e foi a única parlamentar a fazer menção ao governador Jorginho Mello, de quem se mantém próxima e tem portas abertas. A deputada disse que Jorginho é um grande apoiador de mulheres na política e que Ana Campagnolo é a melhor deputada do Brasil. Em comum, elas têm a habilidade de se movimentar ideológica e politicamente, manter suas bases vivas e, com isso, manter o apoio do eleitor. E, sim, ambas foram eleitas na esteira do bolsonarismo, mas não dependerão disso num futuro próximo.

O cansativo discurso de Michelle

A ex-primeira-dama foi tietada e bem recebida em solo catarinense. Das mulheres filiadas ao PL às que pretendem se filiar, Michelle teve tratamento vip e digno de figura influente. Só que não conseguiu furar a bolha e falou para convertidas. Os deputados e deputadas tinham o compromisso de levar pelo menos um ônibus de cada de apoiadores, mas, ainda assim, o evento não convenceu. Claro que Michelle é agora a carta na manga do PL para tentar barrar a debandada de muitos apoiadores do marido. Apesar da boa desenvoltura, a ex-primeira-dama ainda escorrega no discurso, que, ora parece a de uma animadora de excursão, ora parece comandar um culto religioso. A estratégia funciona momentaneamente, mas não amplia a base eleitoral. Só que o poder é fascinante e quem teve acesso a ele, toma gosto. Com o marido inelegível, pelo menos, por enquanto, Michelle tenta trazer os holofotes para si, fazendo crer que possa ser o nome do PL na disputa presidencial. Não será. Michelle precisa, além de refinar e melhorar seu discurso, aprender a respeitar quem tem mandato. Surfar na onda do cargo que ocupou pode até funcionar nesse primeiro ano pós-eleição, mas não garante voto. E a Mi não tem voto pra isso tudo.

Bolsonaro continua sendo um fenômeno de popularidade

Jair Bolsonaro chegou ao local do evento acompanhado do governador Jorginho Mello e foi recebido com euforia pelo público. Ele subiu ao palco e fez um discurso curto, já que tinha de seguir viagem para o Alto Vale. Nos poucos minutos em que esteve lá, falou sobre sua inelegibilidade, sobre os presos pelos atos de 8 de janeiro, criticou o judiciário brasileiro e disse que foi punido por suas virtudes.

“Triste é o país onde as autoridades do judiciário punem os seus cidadãos não pelos seus erros, mas punem pelas suas virtudes. Me tiraram os direitos políticos, mas isso não nos abala. Temos milhares de sementes por todo Brasil. Eu apoio a participação das mulheres na política via fazer a diferença. Essas cores aqui, hoje mais rosa do que verde e amarelo, realmente nos faz cada vez mais receber a chama da esperança de que nós venceremos pelo nosso Brasil. Dizer a vocês que a grande marca que fizemos ao longo desses 4 anos foram apenas 4 pequenas palavras, mas que fazem toda diferença. Deus pátria família e liberdade. Hoje temos aproximadamente 300 irmãos presos em Brasília de forma covarde, de forma arbitrária. Que esse seu sofrimento se Deus chegue ao fim. Eles não querem realmente que nós venhamos saber a verdade do que acontece no nosso país. Eles querem esconder a verdade”.

Bolsonaro e Jorginho saíram dali em seguida, momento em que alguns apoiadores também deixaram o local, já que estavam ali só para ver Jair Bolsonaro.

Sinal amarelo para o bolsonarismo

Nas tantas leituras possíveis sobre o encontro, uma delas é que o bolsonarismo começa a sentir o efeito de uma derrota nas urnas. A direita, como é possível ver todos os dias ao acompanharmos a política estadual e nacional, está cada vez mais organizada. O bolsonarismo segue uma corrente contrária. O gesto de vir a Santa Catarina é uma tradução da tentativa de frear a debandada de quem antes apoiava Jair Bolsonaro. Aqui, Michelle e Jair sabiam que estavam pisando em território amigo e seria possível medir um pouco a febre das ruas. Só que o termômetro catarinense não é a melhor medida. Nosso estado não decide eleição. A classe empresarial catarinense não tem mais demonstrado a mesma empolgação com o discurso “Deus, pátria, família e liberdade”.

A preocupação é com a reforma tributária, o andamento das obras nas cidades, e com o governo Jorginho. Talvez tenha acabado o recreio e chegado a hora de Jorginho Mello fazer valer sua trajetória política que é vitoriosa. Ele mesmo sempre disse que nunca perdeu uma eleição. Está feito o gesto que muitos eleitores queriam ver. Agora é hora de olhar para os tantos problemas do nosso estado e focar na lição de casa. Jorginho sabe fazer. Mas segue andando numa espécie de corda bamba, tentando não entrar em rota de colisão com parlamentares barulhentos eleitos pelo bolsonarismo. Só que quem gera emprego e renda, quer saber de solução para o problema real, do dia a dia.

Gesto aos prefeitos

Faltando um ano praticamente para as eleições municipais, Jorginho não tem mais tempo a perder e precisa começar a atender as demandas dos municípios. Esse gesto será importante após as eleições municipais, quando será a sua vez de cobrar o apoio dos prefeitos para a sua reeleição. Mas essa é conversa para o próximo post.

Enquanto todos contabilizam os efeitos da vinda de Jair e Michelle, a direita comemora sua força e o bolsonarismo liga o sinal amarelo, apesar das imagens que circulam de apoiadores em bom número recepcionando Bolsonaro em Ituporanga, por exemplo. ~Saudade de uma motociata, né, meu filho?~

É que, como diria um grande amigo meu:
“Político sem mandato, nem o vento bate nas costas”. 

Por Maga Stopassoli 28/07/2023 - 13:34 Atualizado em 28/07/2023 - 16:26

O ex-presidente Jair Bolsonaro já está em Florianópolis. Ele chegou perto do meio-dia e foi recepcionado pelo governador Jorginho Mello, além de colegas de partido. Ao cumprimentar Jorginho, Bolsonaro disse em tom de brincadeira: "esse é o cara, eu sou o ex". Em seguida, Bolsonaro fez um pequeno discurso em que destacou o esforço para ampliar a base de seu partido. "Ninguém cresce sem trazer mais gente pra ficar do seu lado. Essa passagem por aqui nossa, eu como coadjuvante apenas, ajudará nosso partido a crescer", destacou.

Neste sábado, o ex-presidente estará presente no evento do PL Mulher, que terá a presença da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro que também é presidente do partido. O encontro ocorrerá no Stage Music Park, em Jurerê, a partir das 10h.

Por Maga Stopassoli 28/07/2023 - 09:47 Atualizado em 28/07/2023 - 09:52

A União dos Vereadores de Santa Catarina (Uvesc), realizará entre os dias 01 e 04 de agosto o Seminário Estadual de Legisladores Municipais, na Assembleia Legislativa, em Florianópolis. O encontro promoverá painéis e debates sobre temas importantes e urgentes para os municípios catarinenses, reunindo especialistas de diversas áreas.

O objetivo do encontro é  potencializar a atuação dos vereadores e vereadoras de Santa Catarina, estimulando que os representantes das câmaras assumam mais protagonismo no cenário político estadual. Entre as autoridades confirmadas estão o presidente da Alesc, Mauro De Nadal (MDB), o deputado Marcos Vieira (PSDB), a deputada Luciane Carminatti (PT) e o presidente do Tribunal de Contas do Estado, Herneus de Nadal. Eles devem participar de painéis que discutirão temas como educação e orçamento. Já o ex-governador Paulo Afonso comanda o painel que discutirá a reforma tributária e seus impactos nos municípios. A secretária da saúde, Carmen Zanotto (Cidadania) e a deputada federal Ana Paula Lima (PT) estarão no painel sobre os caminhos da saúde. No ano em que completa 50 anos, e pela primeira vez na sua história presidida por uma mulher, a vereadora Marcilei Vignatti (PSB), de Chapecó, o seminário da Uvesc discutirá ainda o protagonismo feminino, com a presença da deputada Paulinha (Podemos), da presidente da Fecam, Milena Anderson Lopes e da presidente do Fórum das Mulheres Vereadoras, Isaura Provin.

Programação completa e inscrições no site: https://uvesc.org.br/seminario-estadual-2023/

 

Vereadora Marcilei VIgnatti, presidente da Uvesc.

 

Por Maga Stopassoli 25/07/2023 - 11:13 Atualizado em 25/07/2023 - 15:19

O processo de concessão do Aeroporto Humberto Guizzo Bortoluzzi, de Jaguaruna, já está no governo federal com a solicitação de autorização para poder fazer a licitação e encaminhar à iniciativa privada. A informação foi dada pelo secretário da Casa Civil, Estener Soratto, em suas redes sociais, na manhã desta terça-feira (24).

A confirmação ocorreu após um encontro dos secretários de Jorginho, na Acit, em Tubarão, que reuniu, Soratto e Beto Martins, secretário de Portos, Aeroportos e Rodovias, na noite dessa segunda-feira (24). Recentemente, Beto Martins concedeu entrevista ao Programa Adelor Lessa e falou sobre esse e outros assuntos. Segundo o secretário, atualmente, são sete aeroportos em obras, com cerca de R$ 25 milhões de reais investidos pelo Governo do Estado.  Ouça aqui:
 

Foto: print da tela do perfil da Sec. de Estado de Portos, Aeroportos e Ferrovias. 

 

Por Maga Stopassoli 25/07/2023 - 10:18 Atualizado em 25/07/2023 - 10:23

O ex-presidente da República e a ex-primeira-dama, Jair e Michelle Bolsonaro, estarão em Santa Catarina neste fim de semana. A agenda do casal inclui um encontro com o governador Jorginho Mello, deputados estaduais e federais, na sexta-feira (28). No sábado, Michelle vai participar de um encontro promovido pelo seu partido, o PL, para falar sobre a participação das mulheres na política. A confirmação da vinda do ex-presidente foi dada pela deputada federal Júlia Zanatta (PL), durante entrevista à Rádio Som Maior, na manhã desta terça-feira nublada.

Esta é a primeira vez que Jair Bolsonaro virá a Santa Catarina após a derrota nas eleições de 2022 e após seu retorno ao Brasil. Já Michelle está de olho nas urnas e pretende ser candidata em 2026. Internamente, a informação é a de que ela concorra a vaga para o Senado.
 

Foto: Carolina Antunes/PR

 

Por Maga Stopassoli 24/07/2023 - 16:38 Atualizado em 24/07/2023 - 16:50

O prefeito de Capivari de Baixo, Vicente Corrêa Costa, preso em fevereiro em virtude das investigações da Operação Mensageiro, renunciou ao cargo há alguns dias e, nesta segunda-feira (24), teve sua prisão preventiva revogada pela Justiça de Santa Catarina. A decisão é do juiz Guilherme Mattei Borsoi

Confira o documento na íntegra:

Decisão - Capivari de Baixo by 4oito on Scribd

Sobre a Operação Mensageiro

A Operação Mensageiro apura a suspeita de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo em diversos municípios de Santa Catarina.

Por Maga Stopassoli 22/07/2023 - 14:26 Atualizado em 22/07/2023 - 14:26

O fatídico dia 1º de abril de 2020 ainda não terminou. Pelo menos, não para os 14 investigados pelo Ministério Público de Santa Catarina por envolvimento na compra e pagamento antecipado de R$ 33 milhões por aparelhos respiradores.

Era o início da pandemia por Covid-19 e o agravamento dos casos de pacientes com dificuldades respiratórias deu brecha para que a compra fosse efetuada sem observar os devidos processos internos comuns em casos de compras de insumos hospitalares. Enquanto o país e o mundo permaneciam incrédulos diante das mortes pela doença e a falta de perspectiva de uma solução a curto prazo, a corrida era para garantir, então, os medicamentos e aparelhos que pudessem ser úteis para o enfrentamento da pior crise de saúde do século. Na esteira da crise, a Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, autorizou a compra e o pagamento de 200 aparelhos respiradores pulmonares, pagos com antecedência, e sem ter nenhuma garantia de que a empresa teria condições operacionais e logísticas de fazer a entrega do produto.

Só que o que inicialmente foi visto como apenas uma compra desastrada, feita no calor da hora e durante uma pandemia, ganhou ares de ação intencional, segundo documento do MP. É o que permite concluir o texto da ação civil pública por improbidade administrativa, movida pelo Ministério Público de Santa Catarina, que agora quer recuperar o valor pago, acrescido de multa. O documento do MP, datado de 12 de julho, é assinada pelos promotores Andrey Amorim, Marina Modesto, Maurício Medina, Isabela Philippi, Lara Peplau e tem 196 páginas. Nele os promotores detalham como a ação de compra e pagamento foi feita, incluindo conversas e transcrições de áudios entre os envolvidos.

Resumo

Em resumo, o esquema ocorreu da seguinte forma, conforme denúncia do MP: um grupo de empresários aproveitou a crise sanitária por Covid-19 para oferecer aparelhos respiradores a Secretarias de Estado da Saúde de São Paulo, Amazonas, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, este último, o único estado a fazer a compra. O processo de venda teve a ajuda de agentes públicos, conforme consta na ação do MP. Um dos agentes públicos indicou a empresa do grupo de empresários ao núcleo da Secretaria da Saúde. Para dar ar de legalidade, o grupo enviou além do orçamento aprovado, mais dois orçamentos forjados. Entre o dia 22 de março e o dia 1º de abril, as conversas avançaram e o governo autorizou o pagamento de R$ 33 milhões à empresa Veigamed pela compra de 200 respiradores pulmonares.

Quem são os réus e quais cargos ocupavam

Os 14 réus citados na ação, ocupavam os seguintes cargos à época dos fatos 

Núcleo político:
- André Motta Ribeiro: secretário adjunto da Saúde e superintendente dos hospitais públicos estaduais
- Carlos Charlie: diretor de licitações e contratos
- Douglas Borba: Chefe da Casa Civil
- Helton Zeferino: Secretário de Estado da Saúde
- Carlos Roberto: assessor jurídico da secretaria da Saúde
- Marcia Pauli: superintendente de gestão administrativa na secretaria da Saúde

Núcleo privado, que, segundo o Ministério Público, agiu em conjunto e da seguinte forma:

Leandro Barros: advogado. Foi quem iniciou o processo de venda dos respiradores ao estado, ciente que jamais seriam entregues;

Fábio Guasti: o cérebro do grupo. Foi ele quem manteve contato com Helton e Marcia Pauli e providenciou orçamentos forjados de outras empresas;

César Braga e Samuel Rodovalho: responsáveis por indicar empresas para ofertar respiradores a diversos estados, incluindo Santa Catarina., cientes que não teriam condições de entrega-los;

Davi Vermelho e Pedro Araújo: responsáveis pela administração da Veigamed, empresa que registrada em nome de uma “laranja”, e que seria a responsável pela entrega dos equipamentos. Eles também tinham ciência de que não seria possível fazer a entrega dos respiradores.

José Edson e Maurício Mello: responsáveis pelos orçamentos forjados.

A ação civil pública por improbidade administrativa movida pelo Ministério Público quer o ressarcimento dos R$ 33 milhões pagos à Veigamed mais multa em igual valor, totalizando o valor da ação em R$ 66 milhões de reais. Os réus têm 30 dias para apresentar sua defesa.

Ex-governador Moisés

O então governador do estado, Carlos Moisés da Silva, chegou a ser investigado por suposto envolvimento no esquema. Ele foi absolvido em todas as ações. Em maio deste ano, o inquérito contra o ex-governador foi arquivado por unanimidade pela Terceira Turma Revisora do Conselho Superior do MPSC (Ministério Público de Santa Catarina, por não haverem indícios do envolvimento do ex-governador.

Os respiradores

Dos 200 respiradores adquiridos, somente 50 foram entregues ao estado e acabaram confiscados pela Receita Federal por problemas na documentação. Destes, 11 foram aprovados pelos técnicos da Secretaria da Saúde para serem usados, mas nenhum deles pode ser usado em UTI’s pois não funcionavam para esta finalidade.

O caso da compra dos respiradores foi revelado pelo site Intercept Brasil em reportagem veiculada em 28 de abril, menos de um mês após o pagamento antecipado. O curto espaço de tempo entre a ação ora classificada como prática criminosa pelo MP, e a veiculação da notícia por um veículo independente, é um fato de chama atenção até hoje. 

Por Maga Stopassoli 22/07/2023 - 11:59 Atualizado em 22/07/2023 - 12:04

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, veio a Santa Catarina nesta sexta-feira (21), para o lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar, período 2023/2024. Para a região Sul, a previsão é de que sejam destinados R$42 bilhões para o setor. Em todo o país, o governo federal deve investir R$ 77 bilhões, destes, R$ 10 bi estão previstos para Santa Catarina. 

O presidente do Sebrae, Décio Lima, disse que “o Sebrae trabalha no universo da agricultura familiar contribuindo com a melhoria da gestão das pequenas propriedades rurais. Afirmo que este momento é gigante, pois o ministro está anunciando um Plano com 34% a mais de recursos do que os investimentos anteriores”.

Sebrae e agricultura familiar

De acordo com Décio, atualmente 99% dos CNPJ ativos no Brasil são de microempreendedores individuais (MEI), micro e pequenas empresas, ou seja, é uma parcela significativa daqueles que induzem o desenvolvimento sobretudo na condição da agricultura familiar. “Tanto o Sebrae quanto o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) constroem um processo de parceria na qual aportaremos o que faz parte de nossa institucionalidade, que é trazer a garantia da qualificação de tudo aquilo que o ambiente do campo produz”, explicou.

Porta da esperança, segundo Décio

Décio Lima finalizou reforçando que o Sebrae apoia a instalação de negócios familiares na área da agroindústria. “O Sebrae é essa porta da esperança e do sonho de muitos empreendedores que estão no campo. Atuamos a partir de uma larga experiência na agricultura familiar e, mesmo não tendo um produto, oferecemos para esse setor um resultado consistente tanto para quem vai adquirir o crédito seguro para seu investimento quanto para que o empreendedor tenha um ambiente de negócios favorável e sua gestão empresarial aprimorada. O que temos de mais precioso é a potencialização dos processos para agregar valor aos produtos da terra”, enfatizou.

Por Maga Stopassoli 21/07/2023 - 10:20 Atualizado em 21/07/2023 - 11:58

Homero Prim, prefeito do município de Águas Mornas agora é do PSD. A filiação ocorreu nesta quinta-feira e contou com a presença do prefeito João Rodrigues, de Chapecó, Topázio Neto, de Florianópolis, de Orvino de Ávila, de São José, articulador da ida de Homero para o seu partido e do presidente estadual do PSD, Eron Giordani. Agora, o partido de Júlio Garcia soma 46 prefeitos e 41 vice-prefeitos filiados à sigla. Além dos prefeitos recentemente filiados, como foi o caso do de Criciúma, Clésio Salvaro, o partido está de olho em deputados estaduais. É o caso da deputada Paulinha, atualmente no Podemos, mas que, na Austrália, já é pessedista.

 

Homero Prim, assinando a ficha no PSD, provando que foto de ato de filiação é sempre divertida!  

 

Por Maga Stopassoli 20/07/2023 - 20:33 Atualizado em 20/07/2023 - 20:41

“Sim, de vários”. Foi assim que Luciane Ceretta respondeu à um ouvinte do programa Parlatório, da Som Maior, que foi ao ar na última segunda-feira. Ele queria saber se algum partido político já havia a convidado para se filiar. Os vários convites, segundo informou a própria reitora da Unesc, têm razão de ser. Ela ocupa um dos principais cargos estratégicos do estado, na área da educação. Além de reitora da Unesc, a Universidade do Extremo Sul Catarinense, por onde circulam cerca de 15 mil pessoas por dia, entre alunos, funcionários e corpo docente, ela acumula as funções de presidente da Acafe, (Associação Catarinense das Fundações Educacionais) e é conselheira no Conselho Nacional de Educação Superior, em Brasília.

A biografia lhe dá autoridade para falar sobre educação nos diversos espaços que ocupa. Mas é o perfil de liderança que tem chamado atenção de partidos políticos que veem na reitora, um bom quadro político. Embora não sinalize que pretenda se filiar, Luciane sabe que essa é uma pergunta recorrente, talvez por isso já tenha se acostumado a responder se tem tido convite para se filiar. A mesma destreza com que chegou onde chegou profissionalmente, é usada para fugir da resposta efetiva. Não há ninguém debaixo do sol capaz de cravar se ela vai se deixar convencer de ir para uma disputa nas urnas.

Mas, como política também é interpretação, enquanto o “não” não vem, ela segue figurando entre os nomes que os partidos desejam. Ainda no Parlatório, Luciane relembrou que desde que o governo do Estado entregou o projeto de Lei que criou o Universidade Gratuita, na Alesc, ela foi 37 vezes até Florianópolis para dialogar com deputados e secretários de estado. Ela foi figura fundamental para que o projeto fosse aprovado em termos canônicos, digamos, já que correu o risco de sofrer alterações que o descaracterizariam.

É uma tigra

O governador Jorginho Mello, durante entrevista que concedeu na manhã desta quarta (19), ao Programa Adelor Lessa, disse: “Ela é uma tigra. Ela nos ajudou conversando na Assembleia, ela tinha e tem o entendimento da grandeza que é o projeto. Ela foi e será muito importante na implementação de tudo isso”, ao se referir ao trabalho de Luciane durante a articulação que levou à aprovação do Programa Universidade Gratuita.



No fim de semana, ela posou para fotos ao lado de lideranças do PSD, em Criciúma, durante agenda informal. O clic me levou a questionar um dos presentes na foto, o deputado estadual Julio Garcia (PSD), que nos concedeu entrevista hoje, se o PSD gostaria de contar com Luciane Ceretta em seu quadro. Adelor Lessa melhorou a pergunta e quis saber se um dos vários partidos citados acima era o PSD. Júlio, respondeu:

“Qual partido que não gostaria de contar com um quadro como o da reitora Luciane Ceretta? Ela tem condições de ser Secretária de Estado, tem condições de ser ministra do estado”, brincou. “Ela é uma pessoa pública que serve de exemplo para muitos. Qualquer partido gostaria de contar com ela, o PSD não é diferente e gostaria muito de contar com ela”, destacou. Confira a resposta completa do deputado peessedista, aqui:

Se ela pretende ou não aceitar um dos convites de filiação, só o tempo dirá. Mas para uma das mulheres mais influentes de Santa Catarina na atualidade, Luciane Ceretta opções não faltarão.

Por Maga Stopassoli 20/07/2023 - 19:40 Atualizado em 20/07/2023 - 19:43

O Governo de Santa Catarina efetuou, nesta quarta-feira (19), o pagamento de R$ 8 milhões para dar continuidade à pavimentação da Rodovia Ageu Medeiros, que liga as cidades de Tubarão e Laguna. O valor foi creditado na conta do consórcio CIM-Amurel, responsável pela realização da obra. “O Governo está cuidando das obras prioritárias e a Ageu Medeiros é uma delas. Vamos investir ainda mais na recuperação das rodovias catarinenses para encurtar as distâncias, interligar municípios e regiões e levar mais qualidade de vida à população”, destaca o governador Jorginho Mello.

Para o Secretário de Estado da Casa Civil, Estêner Soratto, os impactos desse investimento serão extremamente positivos. “Além de trazer mudanças significativas para a vida dos moradores, teremos um incremento no turismo, com a conclusão do último trecho da chamada rodovia Serra Mar, que conecta as belas paisagens da serra às maravilhas do nosso litoral”, afirmou o secretário. As atividades foram retomadas com a realização dos serviços de topografia e demarcação da obra nesta quarta-feira (19). As máquinas serão realocadas ao trecho nos próximos dias, respeitando a previsão do tempo para que os trabalhos avancem de forma eficiente.

Alterações no projeto

O projeto original sofreu alterações, entre elas, o aumento do greide, que é a inclinação vertical do eixo da estrada, em um metro em toda a sua extensão. O objetivo dessa adaptação é garantir que, em dias de chuvas intensas, o rio Tubarão não ultrapasse a altura da estrada, evitando interrupções no trânsito e proporcionando uma via mais segura para os motoristas. Outra alteração significativa diz respeito à alça de acesso da rodovia Aggeu Medeiros na ponte Stélio Cascaes Boabaid, originalmente planejada para passar por baixo da estrutura. No entanto, engenheiros da Amurel identificaram que, em dias de chuvas intensas, o nível do rio poderia aumentar e bloquear a alça. Agora, será construída uma rótula para permitir a interseção entre a ponte e a rodovia, proporcionando uma solução mais segura e funcional.

Pendências para conclusão do projeto

Embora o pagamento e o reinício das obras sejam marcos importantes, algumas pendências ainda precisam ser solucionadas para a conclusão do projeto. Com a mudança do acesso à ponte Stélio Cascaes Boabaid, a prefeitura de Tubarão precisa realizar a desapropriação de mais um terreno. Segundo o Governo do Estado, essa negociação já está em andamento.

O ex

Recentemente o ex-governador Carlos Moisés usou as redes sociais para criticar a paralisação da obra. Moisés gravou um vídeo e disse que a obra estava abandonada. No comentário da publicação, ele ainda chamou a atual gestão de “desgoverno”. Na ocasião, a assessoria do Governo do Estado informou que “o primeiro repasse, no valor de R$ 8 milhões, será efetuado em julho, seguido por R$ 3,5 milhões em setembro e mais R$ 3,5 milhões em novembro”. O primeiro repasse citado trata-se do que foi efetuado nesta quarta-feira, (19).

 

Por Maga Stopassoli 17/07/2023 - 11:04 Atualizado em 17/07/2023 - 11:35

Nos quase seis meses de negociações entre o Governo do Estado, Acafe (representante das universidades comunitárias), Ampesc (representante das particulares) e Alesc, o Programa Universidade Gratuita foi sendo lapidado. Do sonho inicial de Jorginho Mello (PL), que acabou virando promessa de campanha e, depois, programa de governo, o projeto chegou para ser votado, num formato muito melhor do que a ideia original. A muitas mãos, cada qual contribuiu para o maior programa de investimento no ensino superior da história de Santa Catarina, pudesse ser colocado em prática cumprindo seu principal objetivo: melhorar os índices da educação superior em Santa Catarina. Nas intensas e acaloradas negociações entre todos os envolvidos e interessados, um capítulo à parte chamou atenção: a discussão sobre a proporção da divisão dos recursos que serão destinados para financiar o programa. Jorginho Mello defendeu que a divisão ficasse assim: 80% dos recursos para as instituições comunitárias (no final deste texto, entenda melhor o que é uma universidade comunitária), e 20% para as particulares. E esse foi, certamente, o principal ponto do intenso debate entre Acafe e Ampesc. Todas as nuances dessa discussão você pode acompanhar quase diariamente aqui no 4oito e também na Som Maior, onde o assunto foi amplamente abordado.

Para garantir que o programa pudesse ser votado e aprovado a tempo de ser implantado ainda em 2023, todos os envolvidos fizeram pequenas concessões. O pedido inicial das instituições particulares era de que a divisão de recursos ficasse em 70% / 30%, proporcionalmente. As comunitárias aceitaram ceder 5%. Com isso, o projeto final foi enviado e aprovado na Alesc prevendo 75% para as comunitárias e 25% para as particulares.

O detalhe

Mas teve um detalhe que foi incluído na redação final do Programa e passou despercebido. Os 25% só serão destinados a instituições particulares cuja sede seja em Santa Catarina. Só serão contempladas universidades privadas com sede aqui no estado.

“Aquelas que estão operando aqui, principalmente aquelas que tem ensino a distância, mas que são de fora (do estado), não serão incluídas no programa.”

disse o secretário da Educação, Aristides Cimadon, durante entrevista ao Programa Adelor Lessa, no quadro Plenário, na fria manhã desta segunda-feira (17). A inclusão desse “detalhe” certamente foi fator determinante para que a Acafe aceitasse a nova proposta, onde perderia 5% do valor inicial. Isso também explica o motivo pelo qual os grupos econômicos vinculados à Ampesc, estarem nitidamente descontentes, mesmo que os valores que passarão a ter direito, caso se encaixem nos requisitos aprovados, sejam o dobro do que recebem hoje. Era a explicação que faltava para justificar o impasse. Não eram os 25%. Era a exclusão das instituições com sede fora do estado. E, cá entre nós? Foi a “emenda” mais justa feita ao projeto aprovado (e não veio da Alesc, onde foram protocoladas 155 emendas). Já que o projeto seria aprovado, que garantisse, então, que o dinheiro dos catarinenses seria destinado a instituições genuinamente catarinenses. Golaço de quem deu a ideia.

 

Luciane Ceretta (Acafe) e Cesar Lumkes (Ampesc), durante encontro amistoso e cordial, no dia em que o Universidade Gratuita foia provado na Alesc. 
Foto: DFM (departamento de fontes da Maga).

São classificadas como universidades comunitárias, as instituições sem fins lucrativos e que reinvestem tudo que arrecadam, além de oferecer programas de ensino, pesquisa e extensão, para a comunidade em que estão inseridas. São universidades criadas e mantidas pela sociedade civil.

Por Maga Stopassoli 13/07/2023 - 16:06 Atualizado em 13/07/2023 - 16:19

No mesmo dia que a Assembleia Legislativa de Santa Catarina aprovou com folga o tão esperado Universidade Gratuita, outros assuntos foram tratados por lá. Entre eles, a criação de novos cargos e gratificações polpudas para os próprios deputados. A notícia que circulou inicialmente, dizia que os deputados haviam aumentado os próprios salários em 50%, o que foi rebatido de imediato por representantes dos deputados. E eles estavam certos. Não houve aumento de salário, houve criação de uma gratificação que, no frigir dos ovos e para fins legais, não é, de fato, a mesma coisa. Embora, no fim, bem no finzinho, vem a ser a mesma coisa, né?! A Alesc, por meio de nota, disse:

“O Projeto de Lei Complementar institui retribuição às atividades administrativas do Presidente e da Mesa Diretora, nos percentuais de 50% e 30% - respectivamente; como é praxe em todas as demais Casas Legislativas e Câmaras de Vereadores de nosso País; bem como, institui retribuição por produtividade aos Parlamentares que dirigem comissões, este no percentual de 7,5% por reuniões realizadas, com limitação e vedada cumulação.”

Dessa forma, o presidente da Alesc, integrantes da Mesa Diretora e presidentes de comissões (que são 21 ao todo), passarão a receber gratificações. Mauro de Nadal, por exemplo, receberá aproximadamente R$ 15 mil reais a mais por mês, o que corresponde aos 50% em gratificação sobre o salário que já recebe, que é de R$ 31 mil reais. Os outros integrantes da mesa e presidentes de comissões, com os 30% em gratificação a que tem direito, receberão R$ 9 mil reais a mais, por mês. Votaram contra ao projeto de Lei, os deputados Jessé Lopes (PL), Sargento Lima (PL), Luciane Carminatti (PT) e Mateus Cadorin (Novo).

Mas não foi só essa polêmica que garantiu uma semana sem tédio na política catarinense.

Campagnolo dispara contra colega parlamentar

A criação da Secretaria da Mulher, que deverá contar com seis novos cargos, segundo informações da Alesc, parece o ponto mais sensível da animada tarde de terça-feira (11). É que o projeto foi aprovado pela maioria dos parlamentares, incluindo o voto favorável da deputada antifeminista, Ana Campagnolo (PL). Após o voto, Ana se sentiu traída pelos colegas pelo modo como foi convencida de votar favorável a um projeto “horroroso”, como ela mesma definiu em suas redes sociais. Na noite desta quarta-feira, um dia após a aprovação da criação da nova secretaria e dos novos cargos, a deputada usou seu perfil no instagram para, segundo ela, fazer o que nunca fez antes: um exposed de uma colega parlamentar. Importante ressaltar que em nenhum momento ela menciona o nome da deputada mas, diz, repetidas vezes, que se trata de uma deputada mulher, do PT. Neste caso, a deputada Luciane Carminatti (PT) é a única que se encaixa na descrição.

O motivo da manifestação de Ana, conforme relatou, se deu pelo fato de que quem participou da elaboração do projeto que criou a secretaria da Mulher, foram as outras duas deputadas da Alesc (Carminatti (PT) e Paulinha (Podemos – quase PSD) mas, no dia da votação, Paulinha não participou da sessão pois estava em viagem e, Carminatti, votou contra o projeto que ajudou a elaborar, ainda conforme o que disse Campagnolo. A deputada do PL, pontuou, nos quase trinta minutos de vídeos que publicou nos stories do instagram, que votou a favor do projeto, pois seguiu a orientação do líder de seu partido, sob o argumento de que se votasse contra, não poderia opinar sobre nenhum ponto do projeto. Segundo ela, a orientação que recebeu foi de que se votasse a favor, poderia sugerir melhorias. Ana relatou ainda, nos vídeos, que questionou o motivo da criação de uma nova secretaria e se havia algo que pudesse feito para que o projeto não fosse aprovado. Como resposta, teria ouvido que “a criação da Secretaria da Mulher é inegociável porque as mulheres (deputadas Luciane e Paulinha) trabalharam para escrever o projeto desde o início” e, por isso, não haveria como retirar o projeto de pauta. Bastante exaltada por ter votado favorável a um projeto de uma deputada do PT, sendo que a própria, votou contra, Ana Campagnolo disse “Você precisa saber que apenas 20% do que acontece, chega até você” e repetiu, outras vezes, que o projeto apresentado era "horroroso". Segundo a deputada, para evitar que os recursos que seriam destinados à nova secretaria, ficassem concentrados apenas nesse novo órgão, ela teria solicitado a criação da Secretaria da Família, para abranger cuidados com crianças, homens e idosos e, desta forma, dividir os recursos com a Secretaria da Mulher.

Assessoria negou

Ainda na noite desta quarta, o blog questionou a deputada Luciane Carminatti, por meio da assessoria de imprensa, que disse:

“A deputada participou das discussões no que se referia à bancada feminina e à Procuradoria apenas, estruturas importantes que não têm nenhuma estrutura na Casa. Ela não escreveu o projeto, que depois continuou sendo escrito e ela não acompanhou mais porque estava focada no Universidade Gratuita, mesmo motivo que levou ela a não votar a favor. Ela nunca vota uma matéria que não tenha estudado e sendo a relatora dos três projetos do Universidade Gratuita, não teve tempo de acompanhar."

Hoje cedo, questionei novamente se a deputada gostaria de se manifestar a respeito do que havia sido dito pela colega de parlamento. A resposta foi: “Não comentamos Ana Campagnolo”.

 

Foto: print de tela, dos stories da deputada estadual Ana Campagnolo (PL), publicados na noite de quarta-feira.

 

Por Maga Stopassoli 11/07/2023 - 20:12 Atualizado em 11/07/2023 - 20:15

É impossível aprovar um projeto grandioso como foi o caso do Universidade Gratuita, sem a atuação estratégica de alguns integrantes do governo. Especificamente neste caso, a atuação dos deputados e da presidente da Acafe, Lu Ceretta, merecem destaque (mas esse é assunto para o próximo post). Poucas vezes o parlamento se debruçou tão intensamente sobre uma matéria como foi o caso do programa agora aprovado. Mas uma atuação vai ficar marcada pela capacidade de liderança, diálogo e discrição. Foi assim que integrantes do governo e pessoas que vivem o dia a dia da Assembleia de Santa Catarina descreveram o Secretário da Casa Civil, Estener Soratto Jr, o Sorattinho. Convidado pelo governador Jorginho Mello para chefiar a Casa Civil, uma das principais funções do alto escalão do governo, o deputado recém-eleito aceitou o desafio e nem chegou a assumir como deputado. Essa história ele contou recentemente no Parlatório. Assista aqui. 

A nomeação, inicialmente, foi vista com cautela, já que Soratto não tinha experiência para ocupar a pasta. Passados seis meses, o secretário cresceu na função, se movimenta com o traquejo que em nada lembra que faz só seis meses que está na função. Desde o começo lidou com temas cheios de espinhos, como as críticas enfrentadas pelo governo pela defesa frágil que fazia ao projeto aprovado hoje. Sem nunca fugir da raia, Estener Soratto também não fugiu das entrevistas, ora mais leves, ora mais delicadas, pelos temas abordados e pelos questionamentos que lhe eram feitos. Durante o período crítico de tramitação do projeto na Alesc, quando a queda de braço entre as partes se tornou pública, Soratto continuou articulando com discrição. E ocupou o papel de líder. “Não faltou à nenhuma reunião sobre o assunto, chegava com antecedência e esteve aberto ao diálogo”, disse ao blog, uma pessoa que acompanhou de perto as negociações. Cuidadoso com as palavras e atento aos movimentos mais sutis, Estener Soratto se cacifou para ocupar a vaga que desejar na vida pública.

Em seus planos, consta o desejo de ser candidato a prefeito de Tubarão, no ano que vem. Certamente, se isso de fato ocorrer, Soratto deixará sua função, muito maior do que quando chegou. Apesar da vitória folgada de hoje, Jorginho Mello não pode relaxar os ombros, nem soltar o maxilar. É que seu partido, na Alesc, ainda não encontrou o caminho da unidade partidária. Por sorte, o governador pode contar com o primeiro-ministro nascido em Tubarão e que hoje é protagonista no governo e leal ao governador.

 

Sorattinho, o tubaronense na Casa-Civil de Jorginho Mello.

 

Por Maga Stopassoli 11/07/2023 - 18:32 Atualizado em 11/07/2023 - 18:34

O deputado de primeiro mandato Napoleão Bernardes (PSD) fez, disparado, o melhor discurso, em sua manifestação de voto favorável ao Universidade Gratuita, embora não seja minha intenção criar aqui uma rinha de discurso. É que estamos saudosos de manifestações coesas, apaixonadas por esta ou aquela causa e sem se preocupar com o que os seguidores das redes sociais vão pensar. Mas o discurso do Napoleão não foi apenas isso. Ele também foi necessário, do ponto de vista da educação. O deputado, que foi o criador da Frente Parlamentar de defesa das universidades comunitárias, no início deste ano, foi um dos seus principais defensores, dentro e fora do parlamento. Napoleão, que não costuma ser visto envolvido em polêmicas vazias, usou seu tempo na tribuna, num discurso carregado de emoção e disse que aprovação do projeto do governo é uma segunda revolução no ensino superior no estado. A primeira revolução, ele credita à criação das instituições comunitárias, ocorrido há mais de 50 anos. Ele também ressaltou que a aprovação do projeto é um justo reconhecimento histórico à obra dessas universidades comunitárias.

Leia o discurso do deputado, na íntegra:

Venho à tribuna com emoção nesse dia que é histórico. Há 50, 60 anos, muitos milhares de jovens catarinenses eram proibidos do direito de sonhar cursar uma universidade porque Santa Catarina tinha uma única opção de ensino superior: a Universidade Federal, na ilha catarinense. Quem não tivesse a condição financeira de morar em Florianópolis, nem sequer o sonho de cursar uma universidade assim o teria. Há 50 anos, Santa Catarina inaugurou um modelo revolucionário, com Universidade do Estado de SC, Udesc e também as universidades comunitárias catarinenses, espalhadas por todo estado. E se Santa Catarina tem uma condição humana, econômica e social homogênea por todas as suas regiões, respeitadas as vocações econômicas, impulsionadas, isso se deveu à uma primeira grande revolução que foi a inauguração do sistema comunitário de ensino superior.

E nós hoje vamos inaugurar uma segunda revolução em termos de desenvolvimento de SC, permitindo a muitos milhares de catarinenses, o sonho a cursar a sua universidade perto de onde moram, num projeto que é o Universidade Gratuita pensado para todos os segmentos da educação. Pra aqueles alunos que cursam universidade comunitária, aqueles que mais precisam, com o programa Universidade Gratuita. Para os alunos da Udesc, a garantia da salvaguarda dos seus recursos. Para os os alunos das privadas, dobrando a perspectiva de bolsas de estudo e de acesso. E em relação ao ensino público, a garantia que os profissionais da educação possam acessar programas de mestrado e doutorado de excelência, para se capacitarem e profissionalizarem ainda mais. Um programa voltado para todos e com a garantia de que os recursos da educação básica mantidos.

Portanto, pelo conjunto da obra de um programa revolucionário, e que vai impulsionar e alavancar ainda mais o desenvolvimento de Santa Catarina e fazendo um justo reconhecimento histórico à obra dessas universidades comunitárias que permitiram ensino, pesquisa e extensão, com excepcional grau de qualidade, eu tenho convicção de que nós, na Alesc, fruto desse projeto de lei do governador Jorginho Mello e toda sua equipe, amparado na Alesc por todos os deputados com todos os reconhecimentos nós teremos uma grande revolução.


 

Por Maga Stopassoli 11/07/2023 - 16:46 Atualizado em 11/07/2023 - 16:46

A maior promessa de campanha de Jorginho Mello agora não é mais promessa. O programa que nasceu “faculdade gratuita”, virou “Universidade Gratuita” ao longo do caminho e foi aprovado hoje na Assembleia Legislativa do Estado. Apenas dois deputados votaram contra. Marquito (Psol) e Mateus Cadorin (Novo). Os demais parlamentares votaram pela aprovação do projeto que teve nas figuras dos deputados Júlio Garcia (PSD), Marcos Vieira (PSDB) e Mauro de Nadal (MDB) a trinca de articuladores que garantiram a tramitação e aprovação do projeto que, agora, segue para sanção do governador. A expectativa é de que possa ser implementado já no segundo semestre de 2023.

Por Maga Stopassoli 11/07/2023 - 12:47 Atualizado em 11/07/2023 - 13:05

Os projetos que criam o aguardado programa Universidade Gratuita serão votados na tarde desta terça-feira na Assembleia Legislativa. A proposta visa oferecer vagas no ensino superior sem custo aos alunos. O deputado Lucas Neves (Podemos) expressou seu apoio antecipado ao PL e listou as razões que o levaram a tomar essa decisão importante. "O projeto nasceu de uma proposta de campanha do governador Jorginho, mas o Parlamento transformou em um programa de Estado, o maior da história", disse. Entre os benefícios esperados, destaca-se a previsão de que mais de 100 mil estudantes de Santa Catarina sejam beneficiados com vagas gratuitas no ensino superior.

Bolsas Uniedu serão mantidas

Outro ponto de destaque é que o programa foi ajustado para não prejudicar os estudantes que já possuem bolsas, como o Uniedu. Aqueles que já são beneficiários dessas bolsas poderão concluir seus cursos. O programa Universidade Gratuita também foi ampliado para atender aqueles que buscam uma segunda graduação. Uma emenda proposta pelo deputado Lucas Neves foi acatada, garantindo que bolsas sejam disponibilizadas para estudantes nessa situação.

Visando garantir a manutenção dos recursos da educação básica, foi estabelecido um limite de 5% do montante total dos 25% destinados à educação para serem direcionados ao programa, evitando assim uma redução no investimento nesse importante setor. Com o objetivo de priorizar as famílias carentes, foram realizados ajustes nos requisitos do programa. Será considerado um índice de carência para definir os beneficiários das bolsas, priorizando aqueles que mais necessitam do suporte financeiro para acessar o ensino superior. Uma preocupação específica levantada pelo parlamentar era a manutenção dos recursos destinados ao Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV). O deputado enfatizou que esses recursos são essenciais para investimentos na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), e assegurou que o CAV não sofrerá perdas com o programa. Além disso, o programa estabelece uma maior transparência na aplicação dos recursos. As instituições da Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe) serão obrigadas a criar portais da transparência, disponibilizando informações públicas sobre salários de funcionários e reitores. A expectativa é que a votação na Assembleia Legislativa de Santa Catarina alcance um amplo apoio, abrindo caminho para a implementação do programa Universidade Gratuita. Caso aprovado, o programa representará um avanço significativo na oferta de educação
superior acessível e inclusiva no estado.

Por Maga Stopassoli 10/07/2023 - 10:50 Atualizado em 10/07/2023 - 11:01

A semana que vai aprovar o Programa Univerrsidade Gratuita começou movimentada na Assembleia Legislativa, em Florianópolis. Reunidos no centro do Plenário da Casa, local onde amanhã será votado o projeto, os deputados tiram as últimas dúvidas e fazem os últimos ajustes sobre a pauta. Os integrantes das comissões por onde o projeto tramitou também se reuniram no fim de semana para tratar do assunto. Quem não participou do encontro, questionou o programa. Foi o caso da deputada Ana Campagnolo (PL), que disse: "A gente vai passar e confiar 200% nas palavras dos senhores?”.

“Acordo feito é acordo concluído”, respondeu o deputado Marcos Vieira (PSDB), da Comissão de Finanças e líder não nomeado na Alesc, pelo visto.
Foto: DFM - departamento de fontes da Maga.

 

"Acordo feito é acordo concluído", diz Marcos Vieira. Parlamento cara a cara na manhã desta segunda-feira (10).



 

Por Maga Stopassoli 09/07/2023 - 12:15 Atualizado em 09/07/2023 - 14:06

Seis anos depois da operação Ouvidos Moucos, deflagrada pela Polícia Federal, que prendeu e afastou do cargo, o reitor da Ufsc Luiz Carlos Cancellier, o Tribunal de Contas da União arquivou o caso. A informação do arquivamento foi enviada à Universidade Federal de Santa Catarina e dizia, ainda, que a denúncia era improcedente, já que os documentos analisados não comprovaram o crime pelo qual o reitor foi acusado à época.

Cau, como era conhecido, foi acusado de ser o mentor de um suposto superfaturamento no aluguel de veículos e de desvio de recursos destinados à programas de ensino a distância (EAD). Como desdobramento da ação de investigação, o reitor foi preso e afastado de suas funções. Ele foi solto um dia depois, mas, a ampla repercussão do caso fez com o reitor não conseguisse superar os danos deixados pela prisão que, agora, se comprovou ser injusta.
Luiz Carlos Cancellier morreu por suicídio, 18 dias depois.
Ele deixou um bilhete no casaco que usava no dia que morreu, dizendo que sua morte havia sido decretada quando ele foi afastado da universidade. Certamente Cau não foi o primeiro e, infelizmente, não será a última pessoa presa injustamente. Só que o caso do reitor da UFSC tornou-se emblemático pela sucessão de erros que culminaram com o triste desfecho que hoje contamos como história.

Impossível dizer que há apenas um culpado pela condução do caso que levou à morte do reitor. Se, agora, anos depois, o TCU arquiva e diz que não encontrou provas da denúncia, baseada em quê, a juíza Janaina Cassol Machado, da 1ª Vara Criminal da Justiça Federal de SC, em Florianópolis pediu a prisão de Cau?

Antes de questionar os exageros de uma cria da Lava Jato, a imprensa “comprou” a acusação sem questionar.

Esse, talvez seja o mais danoso efeito do jornalismo digital. Se antes, na mídia impressa, o tempo de apuração poderia ser maior, agora, no mundo digital, que, por um lado, ampliou o acesso à informação, de outro aumentou a busca por ser o primeiro a publicar. Mas essa é uma outra conversa. De todo modo, Cau já havia “sido condenado” antecipadamente. Ele não aguentou. A morte lhe pareceu a única “saída”.

Seis anos depois, com o arquivamento da denúncia, nada poderá alterar o curso da história, mas, certamente, o caso sempre será lembrado – ou, pelo menos, deveria ser – por todas as redações de jornais e portais de notícias. No Brasil, outros casos ficaram conhecidos pela condenação antecipada ou pelos danos provocados na vida dos envolvidos. Um dos mais conhecidos é o “Caso Escola Base”, quando em 1994, os donos de uma escola particular infantil de São Paulo, foram acusados de assédio sexual. Tempos depois, eles foram inocentados. O caso é tão emblemático que, além de ser estudo em todos os cursos de jornalismo, virou documentário disponível no Globoplay, o streaming da Globo.

Deus é inocente, a imprensa não

Outras duas obras que são uma espécie de bíblia para os jornalistas foram escritas pelo jornalista Carlos Dornelles. São eles “Deus é inocente: a imprensa não” e “Bar bodega: um crime de imprensa”. O primeiro trata sobre a cobertura da imprensa sobre os desdobramentos dos ataques de 11 de setembro nos Estados Unidos e, o segundo, conta a história de um crime que mobilizou a opinião pública, ocorrido num bar da alta sociedade do Rio de Janeiro.

Todos somos passíveis de erros em qualquer que seja a profissão que exercemos. Mas isso não deveria poder virar licença poética para “ah, vamos mandar prender e depois se não tiver nada, a gente solta”. Assim como o jornalismo não deveria noticiar primeiro e apurar depois. Questionar, duvidar e investigar, sempre, mesmo quando a informação vem de instituições que existem para garantir a justiça. Aqui caberia também a célebre frase atribuída ao filósofo francês, Voltaire, que diz: “antes absolver um culpado do que condenar um inocente”.

Um dia após a decisão do TCU, o Ministro da Justiça Flávio Dino, usou as redes sociais para dizer que vai tomar providências sobre os abusos e irregularidades sobre o caso.

"Com base na decisão do TCU sobre as alegações contra o saudoso reitor Luiz Carlos Cancellier, da UFSC, na próxima semana irei adotar as providências cabíveis em face de possíveis abusos e irregularidades na conduta de agentes públicos federais.”

Luiz Carlos Cancellier de Olivo, presente.


 

Foto: Pipo Quint/Agecom - UFSC.

 

Por Maga Stopassoli 08/07/2023 - 12:58 Atualizado em 08/07/2023 - 14:55

O Sebrae e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) renovam, na próxima segunda-feira (10), às 15h, um convênio de R$ 3,6 milhões, por meio do Fundo de Aval para as Micro e Pequenas Empresas (Fampe). A parceria do Sebrae com Santa Catarina deverá beneficiar os donos de pequenos negócios da região Sul e a expectativa é que sejam gerados R$ 40 milhões em crédito para os próximos cinco anos. Participam da solenidade de abertura o presidente do Sebrae, Décio Lima, o presidente do BRDE, João Paulo Kleinübing, e o gerente da Unidade de Capitalização e Serviços Financeiros Sebrae Nacional, Antônio Valdir Oliveira Filho. Assinatura do convênio será na sede do BRDE, em Florianópolis.

 

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